segunda-feira, 16 de setembro de 2013

sexagésimo.

Quase invejo os que vivem de sombra e água fresca, apostando todas as fichas em virar rockstar pra não terem que correr atrás do tempo perdido... de todas as outras dimensões de si que foram negligenciadas e ainda são, todos os dias e todas as tardes e todas as noites. Quase invejo quem resolve problemas burocráticos e acadêmicos, mas cala os problemas intrapessoais toda vez que eles tentam emergir (ou o contrário)... mas viver mais fácil agora não é mais fácil a médio ou longo prazo, né? Não é melhor. Não é mais bonito. Só parece mais fácil. Quantos anos dedicados pra chegar a algum lugar? Ou o lugar vai se distanciando também e você patinando para trás?
Pra levar dia após dia só precisa não se matar. Pra viver é que precisa coragem.
Eu, com licença, quero mais de mim, não só dos outros e das coisas. Quero me orgulhar das minhas escolhas.
Ainda acho inconcebível dizer num dia que uma coisa é muito importante e no dia seguinte dizer que dá muito trabalho pra insistir. Ainda sinto nojo.
Ainda tenho rancor de mim, pela cegueira em que me deixei mergulhar. Mas foi cegueira a partir de um certo ponto... até lá, era verdade. Não era verdade? Era verdade de corpo inteiro! E alma, que eu não tenho medo de fogo. Mas era verdade como religião ortodoxa... era fanatismo.

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