terça-feira, 14 de dezembro de 2010

quadragésima oitava.

Afio garras e dentes, sempre, mesmo que roa as unhas.
Me sinto, em alguns momentos, mais nociva, e adoro a sensação. Acho que aperto um pouco mais os olhos, mas não tenho certeza. Penso que posso mais coisas, estico o braço e abro a boca, pra tomar pra mim.
Vejo minhas formas, acessórios, construções, e paro de achar feio. Me divirto com alguma dor e a surpresa de quem me vê, leviana, cravando-lhe os dentes na carne.
Você diz que nascemos preparados pra guerra?
Eu pago pra ver sua coerência.